A SED, que ano passado homenageou o malogrado na Gala Nacional do Desporto, testemunhada pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, curva-se perante a trajectória e eloquência de Nelson Mafambane dentro das quatro linhas.
“Tomámos conhecimento, esta manhã-terça-feira-, do desaparecimento físico de senhor Nelson Mafambane, um autêntico senhor do nosso desporto, no geral, e do futebol, em particular. Pela trajectória que ele teve de desfilar o seu talento quando era jogador de futebol e, mais, tarde, com as suas capacdidades e habilidades como treinador que se impôs, deixa um enormne legado”, destacou Francisco da Conceição, Director Nacional de Desporto de Rendimento.
Nelson Mafambane “marcoum a sua era e a sua geração”. Ano passado, e porque os seus feitos ultrapassam a dimensão clublista e situam-se a um patamar nacional e internacional, o Governo moçambicano homenageou-o na Gala Nacional do Desporto. “Nós, a Secretaria de Estado de Desporto, atravês da Direcção Nacional do Desporto, prestamos um reconhecimento na Gala Nacional de Desporto, um evento testemunhado pelo Presidente da República.”
A Secretaria de Estado de Desporto considera esta perda “ mais um vazio dos nossos embondeiros do desporto”.
“É um momento de dor e de pesar. Endereçamos as nossas sentidas condolências à família do malogrado. Que a alma descanse em paz”. O legado de Nelson Mafambane , segundo a SED, “deve ser aprendido e retido”.

Amir Gafur: “Nelson Mafambane é um verdadeiro símbolo e baluarte”
Amir Gafur é uma referência obrigatória quando se fala do Clube Ferroviário de Maputo, tendo, nos anos 60, partilhado balneário com o malogrado Nelson Mafambane.
Outrossim, e depois da indendência, chegou a ter o “privilêgio” d eter sido treinado por Mafambane, homem que considera “um símbolo”.
Amir Gafur recorda, com nostalgia, os momentos e ensinamentos que Nelson Mafambane transmitiu aos colegas, primeiro, e seus jogadores, depois.
“Nelson Mafambane foi um dos melhores, senão o melhor atleta que passou pelo Ferroviário.Foi um exemplo, não só como atleta mas também como capitão. Era um baluarte.”, descreveu.
E não deixou, depois de recuar no tempo, de recorder que “fui bem recebido, era o capitão da nossa equipa de seniores”.
Acima de tudo, refere Amir Gafur, “sempre foi uma pessoa que deixou os seus ensinamentos, desde a forma que tratava das botas, como se comportava nos balneários”.
Para o antigo jogador e dirigente do Ferroviário de Maputo, “não há dúvidas que jogou muitos anos e, depois de terminar a carreira como jogador, foi o nosso grande treinador”.
A terminar, e deixou claro que era um aspecto a reter, Gafur precisou que Nelson Mafambane e Rui Rodrigues foram, na época, os dois únicos jogadores chamados para a selecção de juniores de Portugal.