Estavámos, recuando a fita, no ano de 2014. Para ser mais preciso: 14 de Abril de 2014, no Pavilhão do Maxaquene, palco onde o CFvM colocou África aos seus pés ao conquistar um Campeonato Africano de Clubes.
Mas esse é outra epopeia gloriosa cujas páginas douradas estão, igualmente, registadas e cabe na história dos 100 anos.
Voltamos ao registo do primeiro dos seis títulos consecutivos. Numa final diante da Liga Muçulmana, extinta equipa que dois anos antes (2012) conquistara a Taça dos Clubes Campeões Africanos, sob o comando do professor Nasir “Nelito” Salé, estabeleceu-se uma nova ordem no basquetebol feminino nacional.
Sim, pois, liderado por Zinóbia Machanguana (Ducha) e Rute Elias Muianga, as mais experientes e reservas morais na altura, o Ferroviário de Maputo arrancou uma memorável exibição e vitória, por 67-52.
Fez-se festa rija, na “catedral” do basquetebol, e celebrou-se um título que quebrava um período de “seca” de três anos. As honras, essas, vão para Deolinda Gimo, Dulce Mabjaia, Onélia Mutombene, Denise Ernesto, Regina Maoche, Ingvild Mucauro, Sheila Chaguala, Cecília Henriques (que não disputou o jogo da final porque estava engessada), Nelda Luciano e Carla Pinto. Leonel Manhique (Mabê) foi o “maquinista” da “automora” que acelerou para à glória!
No ano seguinte, mais do mesmo com a celebração do bicampeonato numa final com outro actor do basquetebol nacional: Costa do Sol. Deolinda Gimo, com 15 pontos, e Odélia Mafanela, com 11, lideraram o Ferroviário de Maputo a ma vitória por 57-51.
E, nos prémios individuais, as “locomotivas” tudo levaram! Onélia Mutombene, base que esteve em bom plano, foi distinguida melhor jogadora (MVP).
Dona e senhora das tabelas, Odélia Mafanela chamou a si o estatuto de melhor ressaltadora, feito que alcançou pelo terceiro ano consecutivo. Deolinda Gimo terminou a prova como melhor marcadora.
Vestiram o “jersey” verde e branco Dulce Mabjaia, Odélia Mafanela, Ingvild Mucauro, Anabela Cossa, Onélia Mutombene, Ana Jaime, Vilma Covane, Carla Pinto, Dionilde Cuamba e Odélia Mafanela.
Oleado, o Ferroviário de Maputo alcançou o terceiro título consecutivo de campeão nacional de basquetebol sénior feminino a 30 de Junho de 2016. Sublimes, as comandas por Leonel “Mabê” Manhique chancelaram o “tri” com uma vitória sobre o Costa do Sol, por 55-47, no jogo 3 do “play-off” da final do Campeonato Nacional, fazendo, desta forma, o 2-1 na série a melhor de três.
Na noite anterior, as “locomotivas” haviam vencido as “canarinhas” por 60-49, empatando a série dos “play-offs” da final (1-1). No jogo 1, disputado 28 de Junho, o Ferroviário de Maputo perdeu com o Costa do Sol por 54-45.
Em 2017, mais um desempenho tendencialmente feliz na quadra para o Ferroviário de Maputo. O “tetra” foi construído com um 2-0 no “play-off” da final diante do Costa do Sol, traduzido em vitórias por 54-53, no jogo 1, realizado a 7 de Julho, e por 76-75, no jogo 2, disputado no dia 8 de Julho.
Gerson “Gone” Novela, “coach” que trabalhou com Florêncio Tembe, cumpriu à letra a sua missão numa época em que o Ferroviário de Maputo açambarcou, igualmente, o título de campeão da cidade (Engen Maputo Basket).
Pintou o pavilhão do Desportivo, com as cores verde e branco, o seguinte doze: Amélia Massingue, Anabela Cossa, Ingvild Mucauro, Ana Jaime, Odélia Mafanela, Deolinda Gimo, Dulce Mabjaia, Cecília Henriques, Onélia Mutombene, Deonilde Cuamba e e Elizabeth Perreira.
Num ano de total domínio verde-e-branco, Ferroviários “A” e “B” protagonizaram, em 2018, o jogo da final do Campeonato Nacional de basquetebol sénior feminino.
Renhida, a final terminou com a vitória da equipa principal (A) do Ferroviário de Maputo por 68-63, consumando-se o pentacampeonato.
Verde a reluzir, triunfo complicado da equipa principal então formada por Elizabeth Pereira, Deolinda Gimo, Ingvild Mucauro, Rute Muianga, Ana Suzana Jaime, Dulce Mabjaia, Anabela Cossa, Deonilde Cuamba, Odélia Mafanela, Cecília Henriques e Delma Zita. Com um papel declarado, Carlos Alberto Niquice (Bitcho) foi o “maquinista” da “locomotiva”.
Leonel Manhique conduziu, e com todo o mérito, uma equipa recheada de potenciais talentos: Eleutéria "Formiga" Lhavanguane, Stefânica "Papelão" Chiziane, Ester Gomes, Bruna Argélio, Benesita Muchave, Dilma Roldão, Madina Camara, Paula Orlando, Sheila Chaguala e Dede Nhamano.
Com uma exibição cinco estrelas, contabilizando 22 pontos, Eleutéria Lhavanguane foi distinguida jogadora mais valiosa (MVP) da prova.
Um ano depois, ou seja, em 2019, Ferroviário de Maputo voltou a ter o Costa do Sol como adversário na final do Campeonato Nacional de Basquetebol sénior feminino.
Embalada, a equipa fixou com elevada categoria um 2-0 no “play-off” da final a melhor de três jogos. O caminho para a glória iniciou a 28 de Junho com uma vitória por 60-40 no jogo 1. Na noite seguinte, veio a confirmação da conquista efusiva do “hexa” com uma vitória por 59-42 no jogo 2.
A debutante Delma Zita, hoje a evoluir no UTEP Miners dos EUA, foi considerada jogadora mais valiosa (MVP) do "nacional". Odélia Mafanela foi melhor marcadora, enquanto a colega Anabela Cossa foi coroada melhor triplista.
Assinaram hexacampeonato nacional, num conjunto liderado por Leonel Manhique, as atletas Anabela Cossa, Cecília Henriques, Odélia Mafanela, Delma Zita, Amélia Massingue, Eleutéria Lhavanguane, Delma Zita, Ingvild Mucauro, Deolinda Gimo, Rute Muianga e Ana Suzana Jaime. Ecoaram, pela sexta vez consecutiva, os gritos de campeões nacionais de basquetebol sénior feminino. O objectivo toldou o discernimento!