Bateu, na altura, a forte concorrência de Frederico Costa, jogador do Sporting de Lourenço Marques, e Ricardo Borja, avançado do Sporting da Beira, todos eles com oito golos anotados.
Da equipa que campeou com total de sete pontos, resultantes de três vitórias (ndr: à época, a vitória valia dois pontos) e um empate destaque para nomes sonantes como Pimenta, Rodrigues (Quiquita), Gandra, Carlos Bruhen, Ambasse, Oliveira, Ernesto Baltasar, Serafim, Nelson, Raimundo e Abel.
Era, tão só, o último ano vestindo o "jersey locomotiva", porquanto o seu talento já não cabia no país, e Lisboa, Portugal, seria o destino. Estavámos na temporada 1968/1969.
Benfica foi o ponto de chegada, até porque à semelhança do irmão Zeca foram parar nos "encarnados" para darem continuidade as respectivas carreiras desportivas. Chegou a ser lançado, pela mão de Oto Glória, para um duelo com o Vitória de Setúbal mas não passou disso. Sem espaço para evidenciar as suas qualidades, mudou-se para o rival do norte, o FC Porto.
De "renegado" no Benfica, deu uma viragem para opção ser principal no FC Porto, onde deu cartas na cidade invicta, como um jogador que transpirava combatividade e frescura fïsica. Preenchia, e muito bem, os espaços dentro das quatro linhas e revelava-se muito forte, em termos de posicionamento, no último reduto dos adversários.
Estava escrito que daria o salto para à selecção de Portugal. A estreia, essa, deu-se num encontro amistoso com o Chipre, no qual
Contabilizando cem jogos pelo FC Porto, registou 76 golos. Escreveu o seu nome, com qualidades notáveis, como um dos maiores nomes dos "azuis e brancos" na década de 70. A sua passagem pelo FC Porto, que fechou em 1974-1975, saldou-se em um campeonato e duas Taças de Portugal.
Depois, fez um percurso que o levou ao Beira Mar, Vitória de Guimarães e Penafiel. Nas últimas de sua carreira, aventurou-se pelos EUA, Desportivo das Aves, Paredes e Leixões. Nascido a 4 de Março de 1946, Abel Fernando Miglietti é uma referência para o Clube Ferroviário de Maputo!