A derrota diante do Baía de Pemba (1-2), confirmou, apenas, que a época foi tudo menos espectacular para um conjunto tradicionalmente candidato ao título.
Em 22 jogos, a equipa verde-e-branca teve um saldo negativo de oito vitórias, nove derrotas e cinco empates. Vinte e três golos marcados (numa temporada marcada, em alguns jogos, por tremenda falta de eficácia) e 20 sofridos são os números acumulados pelo conjunto de João Chissano.
Chissano viu, na estreia na prova no Chiveve, a 16 de Abril, aquilo que se tornara óbvio desde os minutos iniciais da partida com o Ferroviário da Beira: um conjunto sem capacidade para dar a volta ao resultados desfavorável de 2-0.
A 22 de Abril, em desafio inserido na segunda jornada do Moçambola-2023, pode-se dizer "tudo coisas boas dentro das quatro linhas" mas resultado foi escasso. É verdade. O Ferroviário de Maputo recebeu e venceu o seu homónimo de Nampula, por 1-0, num jogo em que dominou mas os seus avançados não tiveram engenho e arte para construir uma goleda. Mário, aos 56', marcou o golo solitário. O Ferroviário de Maputo teve uma cadência ofensiva que nada teve a ver com o resultado final.
Na deslocação ao "mal tratado" piso do Alto Makhasa, o Ferroviário de Maputo caiu aos pés da Associação Desportiva de Vilankulo, conjunto com o qual perdeu por 1-0, em desafio da jornada 3 da competição-mor do futebol índigena.
Um golo solitário de Shaquille, aos 3', ditou a vitória do Ferroviário de Maputo sobre a União Desportiva do Songo na quarta jornada.
Na jornada 5, mais um desaire dos comandados por João Chissano que perderam com o Ferroviário de Lichinga, por 1-0. Mundinho, aos 68', foi o autor do tento solitário dos visitantes.
Os "locomotivas" necessitavam de uma exibição e ou/mesmo vitória para tranquilizarem os adpetos e estarem nos "carris" para o "sprint" ao título. A equipa redimiu-se, pois, na jornada 6, quando venceu o Matchedje (1-0) com tento solitário de Maxwell.
Irregular, e já no clássico com o Costa do Sol, adversário que "manietara" na última época, o Ferroviário de Maputo perdeu por 2-1. O duelo contava para a sétima jornada da competição, os alarmes começavam a soar.
Um empate a duas bolas na pedreira, em Nacala, deixou os "locomotivas" distantes da zona cimeira. À passagem da jornada 9, Maxwell puxou da cartola o seu poder de finalização e construiu uma vitória por um a zero diante do Ferroviário de Quelimane.
Seguiram-se empate (1-1) com a Black Bulls e goleada (3-0) sobre o Baía de Pemba, sendo que neste último jogo Maxwell bisou e Celso fechou as contas.
No arranque da segunda volta, nova derrota com o Ferroviário da Beira (0-1) no campo do Costa do Sol. Os "locomotivas" da capital deslocaram-se, depois, à Nampula onde empataram com a equipa local a uma bola.
Já na décima quarta jornada, o Ferroviário de Maputo bateu a Associação Desportiva de Vilankulo, por 1-0, com tento da autoria de Huga.
Na Vila de Songo, o Ferroviário de Maputo empatou (0-0) a União Desportiva em partida da décima quinta jornada.
Mas, na ronda seguinte, a equipa de João Chissano perdeu no Estádio Municipal de Lichinga (1-0), seguindo-se uma vitória sobre o Matchedje (3-1).
Na jornada 18, tivemos o clássico com o Costa do Sol que esbarrou numa igualdade a duas bolas. O clássico foi grande, o resultado podia ter sido outro.
Naquele que foi o resultado mais volumoso alcançado no Moçambola-2023, o Ferroviário de Maputo goleou o seu homónimo de Nacala (4-0).
E, diante de um adversário com a sentença definida (despromoção), decepcionou ao perder com o Ferroviário de Quelimane, por 1-0. O jogo contava para a vigésima jornada do Moçambola 2023.
Na penúltima jornada, o Ferroviário de Maputo perdeu com a Associação Black Bulls (2-0) e fechou com novo desaire, desta feita uma derrota com o Baía de Pemba (2-1).
Em 2022, o Ferroviário de Maputo terminou em sexto lugar com 28 pontos, resultantes de oito vitórias, quatro empates e dez derrotas.
Já em 2021, os "locomotivas" da capital terminaram em sétimo, sendo que o seu registo foi de oito vitórias, cinco empates e nove derrotas.