O novo visual do palco onde foi celebrada a Independência de Moçambique e registados os momentos áureos do futebol e que ficam, indelevelmente gravados na memória dos moçambicanos, contempla a colocação de um novo piso natural. A iluminação será revista, os torniquetes para o controlo das entradas estão, igualmente, no projecto do plano director de modernização do Estádio da Machava.
Ainda no rol de intervenções, as bancadas, os balneários e a tribuna VIP irão beneficiar de melhorias. Feitas as contas, a primeira fase do projecto ira consumir o valor monetário de USD 10 milhões, cerca de 700 milhões de Meticais.
Estes dados foram revelados esta quinta-feira, durante uma visita efectuada ao recinto pelo presidente do Conselho de Administração da empresa Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique, Agostinho Francisco Langa Júnior; presidente do Clube Ferroviario de Maputo, Arnaldo Manjate; Secretário de Estado de Desporto, Carlos Gilberto Mendes; e quadros desta instituição e da Federação Moçambicana de Futebol.
"Nós queremos, como disse na tomada de posse da direcção do Ferroviário de Maputo, tornar o Estádio da Machava, num estádio moderno. Estamos a prever fazer isso em duas fases. Até finais do proximo ano, esperamos ter o Estádio da Machava em condições de ser usado e ser aprovado pela FIFA e pela CAF. Prevemos a segunda fase, que é de cobrir todas bancadas e, possivelmente, esta seja concluída em 2025. Na primeira fase, prevemos gastar USD 10 milhões", explicou Agostinho Francisco Langa Júnior, Presidente do Conselho de Administração da empresa Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique.
Mas que garantir a sustentabilidade da infraestrutura, cenário que está acautelado para que a mesma não se transforme num "elefante branco".
Com o fito de gerar rendimentos através dos espaços envolventes, há um projecto de montagem de uma arena, centros comerciais, campos de treino e um pavilhão gimnodesportivo.
"Fizemos a apresentação à SED e FMF. Este Estádio é emblemático. Queremos ter parcerias com a FMF e SED para poder aproveitar todos os espaços. Estamos a pensar num pavilhão gimnodesportivo. Queremos ter outras parcerias e pensar noutros projectos como arena e muitas actividades que podem estar em volta do estádio", observou Agostinho Francisco Langa Júnior.
O Secretário de Estado de Desporto, Carlos Gilberto Mendes, disse ter ficado "impressionado com o plano director que existe."
Sustentado a sua posição, Mendes ajuntou que "para além da reabilitação do próprio estádio, há um projecto que os CFM têm para toda a envolvente que engloba outros campos de treino que poderão ser usados para as camadas de formação." Por isso, frisou: "Ganhamos mais campos numa zona que é tradicionalmente de futebol. Nesta zona de Infulene, pratica-se futebol. Podemos ter o Titanic a estender-se para estes lados. Há, também, o projecto da construção de uma arena que nos faz falta para jogos de salão. Estamos muito satisfeitos com tudo aquilo que foi desenhado para a envolvente do estádio. O estádio vai ficar uma coisa mais moderna, uma coisa mais agradável que vai trazer de volta aquela mística."
Carlos Gilberto Mendes entende ainda que "a questão da sustentabildiade vai ser tida em conta", uma vez que o CFM " tem previsto aqui a construção de centros comerciais e de zonas comerciais ao redor do estádio que vai dar sustentabilidade. E sempre a pensar no futuro e não apenas no estádio apenas."