segunda-feira, 15 janeiro 2024 17:55

Amâncio Mondlane: o presente do futuro no basquetebol “locomotiva”

PUTO MVPLançara-se, em 2016, num fogacho, a treinar no núcleo de basquetebol do Clube Ferroviário Maputo, localizado na Escola Secundária da Matola, ponto de geração de talentos e algumas referências da modalidade da bola ao cesto.


Conduzido pelo sonho de cumprir as etapas que lhe se colocassem no trilho do estrelato, equipou-se e posicionou-se naquele espaço coberto no tecto mas a descoberto nas laterais.
Trabalhou, numa primeira fase, com natural entusiasmo às ordens dos “coach's” Ruben e Ivan, seus mentores na equipa “B” do CFvM.
Um caminho, diga-se, nem sempre fácil de seguir para quem tem que construir carreira conciliando os estudos e o desporto. No caso particular, claro, o basquetebol.
Três anos de intenso aprendizado, aperfeiçoando fundamentos básicos como passe, drible e lançamentos, foram cumpridos para que Amâncio Mondlane pudesse, depois, dar o salto para a equipa de juvenis.
Paralelamente a este facto, evidenciou, neste processo evolutivo, maior apetência para aprimorar o seu tiro exterior, um dos fortes do extremo de 16 anos.
Nas mãos do professor e “coach” João Mulungo, no escalão dos juvenis, manteve a sua personalidade forte, abriu-se para continuar a “beber” de ensinamentos que potenciassem as suas qualidades e melhorasse a sua visão de jogo.
Não espantou, portanto, que em dois anos revelasse um interessante poder de tiro exterior, colocando- se, desta forma, com um dos mais destacados lançadores no seus escalão.
No Campeonato da Cidade, que antecedeu ao “nacional”, foi assertivo na zona dos 6, 75 metros. Em Chimoio, confirmou os seus créditos de um extremo com potencial para se tornar numa referência neste quesito de lançamentos abertos.
Foi, com notável prestação, aclamado jogador mais valioso (MVP) do Campeonato Nacional de juvenis masculinos, distinção que lhe assenta muito bem. Mas nunca fez do individualismo uma arma que sobreponha o colectivo.
Comunicativo, espelha na quadra uma visão de jogo que mais trabalhada pode, seguramente, fazer dele um presente do futuro. Ou seja, um diamante por lapidar que pode brilhar nos próximos anos. Nos cinco jogos, começou sempre de prego a fundo como se o amanhã não existisse. Foi um espelho de que, se no jogo exterior tem tendência para ser letal, no 1x1 evidencia habilidades para desequilibrar e “partir” os defesas.
Foi, por isso, um dos artífices do bicampeonato nacional de basquetebol de juvenis masculinos conquistado de forma invicta. Produto acabado? Longe disso. Nem tão pouco. O processo de formação continua, pois, e um dos desafios para o seu crescimento passa por melhorar a sua meia distância.
Salta, este ano, para a equipa de juniores tal como nove dos atletas que campearam nos juvenis no planalto.
É verdade que tem ainda muito caminho por percorrer para singrar. Mas não será menos verdade que tem alguma pinta de talento para sonhar em melhorar a cada dia.
O céu é o limite para o “puto”.

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