segunda-feira, 17 maio 2021 10:53

Desfrutem briosos rapazes, o momento é este!

Briosos rapazesPor: Gilberto Guibunda
Em 1997 a equipa principal de futebol do Clube Ferroviário de Maputo entrava para a história da Liga dos Campeões Africanos como o primeiro emblema nacional a batizar a então novata competição africana.

Sob-batuta de Arnaldo Salvado estava uma equipa onde cintilavam algumas das principais estrelas do desporto-rei nacional, tais Kampango, Luisinho, Luís Parruque, Luís Fumo, Tomás Inguane, Pinto Barros, Baute, Eugénio, Arnaldo Ouana, Mavó, Eurico, Danito Cuta, Danito Nhampossa, entre outros. Vinte quatro anos depois o basquetebol masculino tem o privilégio de também deixar registado com tinta indelével nos anais da Basketball Africa League (BAL) como estreante desta também novata e milionária competição neste berço da humanidade. E o que há em comum nestas duas realidades distintas no momento do exórdio? O adversário! Sim, o todo podero Zamalek do Egipto. Para o futebol, com as bancadas do então Mohammed Hassan Helmy a registar uma enchente a bater os 40 mil espectadores e um rufar dos tambores e “vuvuzelas” como que a espavorir a rapaziada do Arnaldo Salvado, conseguiram os donos da casa arrancarem-nos a vitória, por 2-1, depois de uma tenaz resistência do Ferroviário que teve nesta partida tudo e menos nada para silenciar aquelas almas barrulhentas não fosse aquela perdida – mas que perdida – do Eurico que só devia encostar o pé para introduzir a bola nas malhas da baliza do adversário e fazer o golo de empate. Levou no fim da partida um par de boas palmadas de Arnaldo Salvado como castigo por este falhanço que custou a derrota “locomotiva”. Valeu o tento de honra do incorformado Jorge Joaquim Messa Volumbe, ou simplesmente Mavó.
Quis a sina que este mesmo adversário cruzasse o caminho do Ferroviário num evento continental de grande evergadura que é a BAL. Hoje, quando o relógio marcar 17.30horas, o Kigali Arena não terá público para presenciar este (re)encontro mas estarão seguramente milhares de moçambicanos ligados às antenas da rádio ou telas de televisão ou outros meios de comunicação para testemunhar esta partida que colocará frente-a-frente dois emblemas históricos do basquetebol africano. A película mostra que o Ferroviário não é favorito do Grupo C, o mesmo da As Douane do Senegal e GSP da Argélia – e é bom que assim seja para sacudir a pressão do seu lado – mas há uma voz intrínsica do colectivo a dizer que os jogadores vão deixar a pele dentro da Arena e disputar cada lance como se fosse o último das suas vidas. Sabem o que esta partida significa para as suas vidas e para o seu futuro na modalidade que elegeram como sua paixão e como definiu Milagre Macome “Vamos desfrutar do jogo, desinibidos, mas com os pés bem assentes na terra. Prometemos muito trabalho, trabalho, trabalho e trabalho”.
Desfrutem briosos rapazes, o momento é este!

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