O Clube Ferroviário de Maputo, recorde-se, assinala o seu centenário no próximo ano e o governante português considera ser este um momento de criar acções conjuntas com vista ao restabelecimento de laços em prol do clube. Acompanhavam Pedro Adão e Silva, o embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura e os adidos da cultura na respectiva embaixada.
“É uma grande honra e enorme emoção conhecer a sede e o Ferroviário, que para mim é um conjunto de memórias da minha família [ n.r.d é neto de Eng Freitas e Costa, primeiro presidente de Direcção do Ferroviário e cujo campo da Baixa ostentava o seu nome]. Há a dimensão pessoal e também o laço afectivo entre os dois povos (moçambicano e português), um laço que se constrói destas memórias e destas histórias” descreveu o governante português vislumbrado com a história do clube contada a partir das várias taças conquistadas ao longo do seu percurso.
“Estes troféus significam a memória daquilo que foi a nossa relação e olhando para as duas salas de troféus é a marca de um clube que vencia antes e que continuou a vencer depois da independência. Certamente que continuará a vencer nos próximos cem anos, é esse o meu desejo. Eu sou benfiquista [n.r.d. Sport.Lisboa e Benfica] mas sou também agora adepto do Clube Ferroviário de Maputo” anunciou Pedro Adão e Silva que pretende regressar a Maputo no jubileu dos cem anos do clube.
“O futuro é sempre construído de história e do passado. A capacidade deve passar por ter uma ambição desportiva de trazer os jovens para a prática desportiva. Este é um clube eclético e isso depende também da nossa capacidade de preservar, enaltecermos e honrarmos a história daqueles que construíram essa mesma história do passado. Um clube que tem esse marco histórico, que no próximo ano assinala o seu centenário, tem a oportunidade de mostrar aquilo que foi para continuar ganhador. Gostaria de estar no centenário, que seria uma coisa de muito significado representar o Estado português e igualmente representar a família do primeiro dirigente do clube. Podemos criar condições para que isso aconteça para associar Portugal nas comemorações deste clube moçambicano. No âmbito da cooperação entre os Ministros dos Negócios Estrangeiros vamos explorar as possibilidades de apoiarmos o centenário” salientou.
O presidente Teodomiro Ângelo, que guiou a visita, ofereceu os produtos oficiais do clube e enalteceu o papel dos dirigentes portugueses na edificação do clube.