terça-feira, 16 março 2021 09:01

O adeus na Selecção Nacional e as ambições na BAL

MuchatePor: Gilberto Eduardo Guibunda

Haveria algum dia e alguma razão para Custódio Muchate dizer adeus à Seleccão Nacional. É uma decisão difícil para quem durante 19 anos representou as cores nacionais sem nunca imaginar que esse fim poderia chegar. O facto é que foi uma etapa marcada por momentos marcantes do que propriamente nostálgicos. Agora a concentração é o BAL competição a qual o poste quer estar em pleno.


– Recentemente renunciou a Selecção Nacional. Foi fácil tomar esta decisão?

– Renuciar à Selecção Nacional foi uma das das decisões mais difíceis que já tomei na minha vida. Enverguei as cores do país durante 19 anos e foram anos caracterizados por momentos bons e maus, muito aprendizado, várias batalhas, algumas perdidas mas várias vencidas. Consegui adquirir muita experiência, e algo da qual tenho enorme orgulho é o intercâmbio que tive com vários jogadores de vários países e que militam em ligas profissionais pelo mundo fora. Eu saí sim, não foi para deixar o lugar para os mais novos, não acredito que eu estivesse a ocupar o lugar de ninguém. Estive na Selecção Nacional por mérito e não acredito que foi pela minha saída que alguns jogadores entraram. Não me vejo como alguém insubstituível, isso não existe. Se formos a ver, nesta última janela em que participaram sem a minha presença a Selecção Nacional fez uma das melhores campanhas, apesar de termos falhados a qualificação ao Afrobasket. Não paremos por aqui, vamos continuar a trabalhar, envolvendo mais pessoas para poderemos nos ajudar no futuro breve.


– Por ora a concentração é o Ferroviário onde desempenhas um papel vital, não apenas desportivamente mas também no que confere a integração dos novos atletas. Como é que encarra os novos desafios que aí vêm?

– Estamos numa fase difícil e até de adaptação mas isto não afecta apenas ao Ferroviário de Maputo. É uma situação mundial e há que saber viver com esta realidade e nos adaptar a ela. Havíamos iniciado alguns jogos cujo objectivo era a rodagem dos atletas da Selecção Nacional. O Ferroviário é um clube que está numa Liga Africana profissional e nós temos que continuar a trabalhar com olhos postos naquilo que são os nossos objectivos em relação à BAL. Não vamos olhar apenas para os aspectos domésticos porque já estamos a pensar em outros voos, então, é importante continuarmos a trabalhar para estarmos em forma para quando a Liga Africana iniciar, provavelmente em Maio. É a primeira equipa moçambicana a participar e temos é que tentar fazermos história.


– Por duas ou três vezes viram adiada a possibilidade de estreiarem na BAL, por conta da pandemia da Covid-19. Este sonho não se esmoronou e a estreia está e vista.  Como olham para a vossa participação participar desta competição?

– A situação da pandemia da Covid-19 é uma realidade a qual temos que encarrar da frente. Estarmos preparados para dignificar o Clube Ferroviário e claramente, sendo a única equipa moçambicana, dignificarmos o nosso país. Há que se parabenizar sempre o Ferroviário por ser a primeira equipa a conseguir este feito e temos que fazer todas as démarches para nos qualificarmos para a outra fase.

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