– O ano 2021 é mais um como os outros que passaram em que olhas para atrás e dizes que desfrutaste de longos anos de basquetebol. Como é que convives com esta realidade?
– Realmente! Olho para mim e vejo um grande trajecto. Só tenho muito a agradecer porque o basquetebol abriu-me muitas portas, criou-me disciplina, tornou-me um ser mais competitivo e capaz de dar a volta sempre com intuíto de superação e de melhorar dia-a-dia. Então, é algo pelo qual eu tenho a agradecer porque, se formos a ver, apesar de estar no fim da carreira continuo activamente a fazer os meus treinos, quer do clube assim como individualmente. Isso tudo ajuda-me bastante.
– Ao longo desses anos todos de basquetebol viveu vários momentos hilariantes mas também de tristeza. Gostaria de partilhar alguns destes episódios?
– De facto a minha carreira não é feita de êxitos apenas, tive momentos maus, momentos de superação e de resiliência. No entanto, foram momentos que me fizeram atingir uma certa maturidade, mentalidade e ter uma disciplina, de como saber estar e ser. Claramente que no pós- basquetebol continuarei, de outras formas, a dar o meu contributo ao Ferroviário e ao meu país. Sou profissional, Gestor das Cervejas De Moçambique, portanto, continuarei a desempenhar a minha actividade profissional sem descurar de dar o apoio ao basquetebol.
– Por quanto tempo mais Custódio Muchate vai durar enquanto jogador?
– Durar penso que vai ser até ao fim da minha vida. O basquetebol é a minha paixão no entanto, como atleta, eu tenho contrato por uma época e a ideia é mesmo terminar a carreira como atleta este ano. Mas a ideia, como disse, é continuar a dar o meu contributo ao clube e ao país de outras formas. Quero igualmente ajudar as novas gerações. Portanto, dizer que vou terminar a ligação com o basquetebol estaria a mentir porque estará sempre comigo.