Acompanhado por Maria Liliana, 1ª acompanhante (que também esteve no "Afrobasket" feminino sub-18), e Kátia Sábado, 2º acompanhante, estavam, dada a sua aparição em jogos de grande pressão, criadas as condições para o “mano a mano” entre o campeão e vice-campeão nacional de seniores femininos.
Num pavilhão da Universidade Eduardo Mondlane às moscas, sobretudo, para um duelo de dois melhores conjuntos da actualidade, Nasir “Nelito” Salé apostou num cinco constituído por Dulce Mabjaia, base-armadora; Anabela Cossa e Stefânia “Papelão” Chiziane, extremos; e Ornília Mulhui e Cecília Henriques, a fazerem as posições 4 e 5.
A defender homem a homem, o Ferroviário de Maputo cometeu erros no inicio do primeiro quarto, permitindo que o Costa do Sol abrisse um parcial de 5-0. Ajustou, depois, Nasir Salé com a equipa a ter alguma mobilidade ofensiva, passando para uma vantagem de dois pontos (9-7) com cinco minutos por se jogar no primeiro quarto!
Mais esclarecido ofensivamente, e com um bom corte de Cecília Henriques, o CFvM conseguiu a maior vantagem que teve em todo jogo: 15-10. Reagiu o Costa do Sol, que ganhava as segundas bolas no ataque, com dois pontos que fecharam o primeiro quarto com um parcial de 15-12.
No segundo quarto, os dois conjuntos regressaram com os mesmos cinco. Equilibrado, mas com as duas equipas a cometerem muitos erros e a falharem situações para cesto fácil, esta etapa do jogo foi marcada por desequilíbrios individuais (Ingvild Mucauro e evidenciar-se no Costa do Sol) e Stefânia Chiziane (no Ferroviário de Maputo) do que propiamente por clarividência dos dois conjuntos, entanto que tal. Sem muitas soluções, quando tivesse que fazer a rotação da equipa, o CFvM perdia alguma consistência ao nível ofensivo. Com Anabela Cossa e Dulce Mabjaia a pontuarem muito pouco, foi a extremo Rosa Cossa (ela que, nos últimos anos, jogou no Costa do Sol mas que tem o cordão umbilical no Ferroviário de Maputo) a desequilibrar. A extremo esteve muito bem quando chamada para a quadra. O mesmo se pode dizer de Ornília Mulhui que esteve igualmente em bom plano. No final do segundo quarto, o marcador indicava 27-23, vantagem para o Costa do Sol.
O terceiro quarto, etapa na qual o CFvM ensaiou, em algum momento, uma defesa à zona, foi menos emotivo.
Ou seja, “canarinhas” e “locomotivas” não ofereceram, e é bom que se diga, o espectáculo que se esperava até pelo facto de estarmos perante dois conjuntos que têm bipolarizado o basquetebol feminino. O Costa do Sol soube aproveitar os erros cometidos pelo CFvM defensivamente e sem mobilidade ofensiva. E, no final deste período, as campeãs nacionais venciam por 36-32.
No quarto quarto, com maior circulação de bola e domínio nas tabelas, o Costa do Sol disparou para uma vantagem de 13 pontos e controlou o jogo. As campeãs africanas cometeram muitos “turnovers”, perderam a batalha na luta pelos ressaltos quer ofensivos e defensivos (mesmo com a aposta em Paula Orlando para posição cinco), o que permitiu ao Costa do Sol aproveitasse os erros para fugir no resultado.
Nesta etapa, Nasir Salé apostou em Bruna Argélio Benesita Muchave para a posição 1, mas sem soluções para ir buscar o resultado. No final, o Costa do Sol venceu por 57-44.