– Em Outubro último foi indicada para o cargo de Secretária-Geral do Clube Ferroviário de Maputo. Alguma vez pensou que fosse ocupar este posto?
– Nunca esteve nas minhas convicções que fosse indicada como Secretária-Geral do Clube Ferroviário de Maputo. Apesar de ter a noção do trabalho que desenvolvi quer no Ferroviário de Pemba assim como no de Nampula eu nunca pensei nesta possibilidade que felizmente agora tenho. Foi um processo decisório da direcção que surpreendeu-me positivamente com esta deliberação. Na verdade foi uma surpresa porque não estive presente na plenária quando se tomou a decisão.
– Acredita que o trabalho que disse ter desenvolvido em Pemba e Nampula possa ter sido fundamental nesta sua escolha?
– (Risos!) Não sei porque nunca imaginei que alguém estivesse a observar o meu percurso nos outros clubes por onde passei, designadamente no Ferroviário Pemba (2005 a 2009) no Ferroviário de Nampula onde estive até 2016. Recordo-me que quando cheguei no Ferroviário de Pemba havia uma apetência muito grande pelo título provincial, um dos requisitos para a equipa lutar pelo acesso ao Moçambola. Foi um desafio enorme e neste meu primeiro ano consegui, contando com o apoio de todos, incluíndo do próprio staff técnico e jogadores, levar a equipa ao Moçambola. Passou muito tempo até chegar ao Ferroviário de Maputo e estarei sempre grata aos que elegeram-me para esta posição, que acredito sim terá sido pela minha experiência no passado que influenciou para que eu estive neste lugar.
–Os resultados do seu trabalho também serão avaliados por conquistas das várias modalidades que o clube movimenta. Que bases é que se estão a criar para que tenhamos um Ferroviário vencedor, a começar pela equipa principal de futebol?
– A direcção tem estado a todo vapor a fazer de tudo para que o Ferroviário seja sempre um adversário temido pelos adversários, sem perder os valores e princípios fundamentais que regem a nossa instituíção. Em tudo isto não podemos esquecer a componente da pandemia da covid-19 que está a criar, e talvez poderá continuar por algum tempo, consequências nefásticas que se repercurtem nas equipas, incluíndo as nossas. O futebole em particular já estava em competição até que, por ordens governamentais, foi decidido que se parasse com a sua prática. É um período atípico, novo para o nosso contexto e tudo o que é novo retraí. Mas a garantia é que da parte da direcção tudo está sendo feito para que a equipa de futebol lute pelo título e o mesmo se aplicará para as restantes modalidades. Contudo, temos que contar com todos os aspectos que estão a fugir ao nosso controlo. Temos que estar todos unidos rumo aos objectivos do clube porque só com esta união é que sairemos vencedores.