– Quem e como é que Muhambi entra para o mundo de basquetebol?
– Chamo-me Muhambi Saimone Muhambi Macuiane, nascido há 03 de Novembro de 2000, portanto, este ano completo os meus 21 anos de idade. Cheguei no Ferroviário aos meus 9 anos de idade por influência dos meus irmãos que na altura praticavam o futebol. Alías, a minha primeira primeira modalidade no clube no futebol. A paixão pelo basquetebol, no entanto, cresceu por causa das minhas amizades no bairro onde eu morro. A entrada definitiva basket acontece praticamente em 2011 e de lá para cá tem sido uma luta intensa rumo ao alcance dos meus objectivos.
– Pode descrever de forma resumida o teu percurso desde quando entrou para a modalidade até os dias actuais?
– Digamos que foi mais a minha ousadia que me fez ser um pouco competitivo. Isso resume o meu dia-a-dia. Percebe-se isto porque em todos os escalões de formação por onde passei estive com a idade inferior, ou seja, já no mini-básquete tive a oportunidade de integrar os iniciados. Este processo observou-se até à minha entrada na equipa principal. Hoje estou aqui firme no último escalão e a determinação é que faz com que nunca olhe para atrás no que obstáculos o basquetebol tem imposto na minha vida. Eu tento sempre, a cada dia, dar o melhor de mim para que eu seja um destaque ou então atingir aos patamares dos melhores atletas que nós temos no plantel e no país.
– Esteve emprestado à Universidade Pedagógica e pode dizer-se que esta passagem pelos universitários foi benéfica para a sua evolução e consequente chamada para a equipa principal?
– Em parte pode ser que sim. Estando doutro lado e poder até enfrentar o Ferroviário (na fase de grupos) foi algo que nunca pensei que fosse acontecer. Mas foi algo que despertou ainda mais a minha paixão e competitividade porque eu sou uma pessoa que sempre vai honrar a cor da equipa que estiver a representar.
– Tu pertences a uma geração de jovens formados no clube e a maioria deles, porque não podem vir todos na equipa principal, encontram-se emprestados a outros clubes. Sentes-te um privilegiado por seres tu, no conjunto destes todos a estar na equipa?
– De facto nós fazíamos uma equipa de luxo e todos os meus colegas talvez melhores que eu. Acredito que o que fez com que chegassemos até aqui foi a força da vontade de sempre querer superar quem se destacava num dado momento. Graças a Deus tivemos treinadores que conseguiram nos manter coesos e evoluíndo. Praticamente todos nós desta geração estamos integrados nas principais equipas da cidade e isso demontra que houve um grande trabalho de base por parte do Departamento de Basquetebol do clube. Não sou o privilegiado, acho que é o trabalho que tenho feito que levou-me até aqui.
– É chegada a hora da afirmação definitiva de Muhambi no basquetebol nacional e equipa principal em particular?
– Poderei fazer essa afirmação quanto mais jogos fizer pela equipa e sentir que evoluí. Ainda há muita coisa por aprender e graças a Deus tenho tido essa sorte de estar ao lado de grandes profissionais da equipa que me têm puxado sempre. Infelizmente estamos num momento atípico por conta da pandemia que não nos permite estarmos a jogar. Mas acredito que dias melhores virão.